Assombro
© Simon Jourdan

A sombra de um país não larga o seu corpo. Presente mas ignorada, essa sombra é parte integrante do sujeito e da sua identidade cultural.

Um solo que apresenta uma série de quadros vivos, canções que emergem de uma voz deslocada da boca, Assombro tenta compreender pela dança e a reativação de cantos tradicionais portugueses, os fantasmas que nos assombram hoje. Chamá-los, ouvir as suas vozes e através de meios de dissociação, procurar a transgressão. A partir de canções de mulheres, as músicas foram selecionadas dos registos de Giacommetti (anos 60/70), do projeto A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, de Tiago Pereira, e de fontes de transmissão oral familiar. Um para falar da crise de identidade e das condições femininas. Que lugar resta para as canções do passado, em perigo de serem esquecidas nos arquivos? Canções engolidas pelo tempo reivindicam a sua voz atual.

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Ficha técnica

Coreografia e interpretação Ana Rita Teodoro • Desenho de luz José Álvaro Correia • Adaptação do desenho de luz e operação Jay Collin • Residências artísticas
Espaço do Tempo (Montemoro- Novo, Portugal), CND Patin (Centre National pour la Danse, Pantin) • Com o apoio de Fundação Calouste Gulbenkian, CND Pantin (Centre National de la Danse) • Produção Associação Parasita • Coprodução Théâtre de Vanves • Duração aprox. 45 mins


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