O Que Fazer Daqui Para Trás
O Que Fazer Daqui Para Trás
O Que Fazer Daqui Para Trás

Em "O que fazer daqui para trás" João Fiadeiro explora o tempo - duracional, suspenso, intervalar - ao "mesmo tempo" que foca a sua atenção naquilo que fica, no que foi esquecido, no resto. O "resto" cria "vazio". E é a prova da ausência de uma presença. Ou melhor, é a presença de uma ausência. É no "resto" que vamos encontrar os traços e os rastos para darmos início à impossível tarefa de reconstruir o mundo, uma e outra vez. O resto é também o que está entre o corpo e "a presença do outro no corpo", uma fuga permanente para coisas que ainda não são, para o que as coisas podem. "O que fazer daqui para trás" posiciona-se entre a dúvida e a possibilidade. Onde o não-dito é mais importante do que aquilo que se diz, onde a ausência se sobrepõe à presença e onde o drama não vem do teatro mas daquilo que os corpos - dos performers e dos espectadores - podem (e têm e trazem). A sombra indica-nos a presença da luz, o silêncio a presença do som e a ausência a presença do acontecido. Da sombra, do silêncio e da ausência, eis - para quem se pergunta - aquilo que esta peça trata.

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Ficha técnica

Direção: João Fiadeiro
Performers e cocriação: Adaline Anobile, Carolina Campos, Márcia Lança, Iván Haidar e Daniel Pizamiglio
Assistentes de direção: Carolina Campos e Daniel Pizamiglio
Desenho de luz: Colin Legras
Difusão: Yann Gilbert
Trabalho de Coordenação: Motora (Béziers) Carolina De Nadai
Apoio à documentação: Stephan Jürgens
Assistência de produção: Sinara Suzin
Gestão financeira: Silvia Guerra
Produção: RE.AL (Lisboa)
Coprodução: Teatro Municipal Maria Matos (Lisboa) e Teatro Municipal do Porto (Porto)
Apoio à internacionalização: Fundação Gulbenkian
e Fundação GDA
Apoio institucional: Câmara Municipal de Lisboa
Residências artísticas: Arquipélago/ Centro de Artes Contemporâneas (Açores), Santarcangelo Dei Teatri (Itália) e Atelier Real (Lisboa)
Duração aprox.: 1h