Shaka Lion
Shaka Lion diz-se um ser em construção. Vive em permanente mutação e rodopio. É permeável ao ritmo e sensível ao belo. De sorriso largo e tranças longas, cabe nele um planeta inteiro. O Brasil, que lhe está no corpo desde o berço. A Jamaica, que cresceu a ouvir. O Barreiro, onde foi à escola. Lisboa, aglutinadora de correntes e centro de gravidade de movimentos. E o mundo para onde vai.
Em Lisboa, estabeleceu-se em casas como o Copenhagen, Casa Independente e Park no início. Mais tarde, o salto para o Musicbox. E agora também o Lux, onde tem partilhado cabine com convidados seus de diferentes lados do atlântico.
No circuito de festivais tem percorrido várias geografias como o NOS Alive, Lisboa Dance Festival, ID_No Limits e o itinerante Festival Iminente (Lisboa, Londres, Shangai e Rio de Janeiro).
Na rádio, foi responsável por sets na NTS e Beats 1, este carimbado pela Soulection, família sonora de que se tem mantido próximo e que faz questão de o ter perto, convidando-o para diversos ajuntamentos. Narrações para Smino e Sango. E sobretudo um horizonte tão infinito quanto o dos seus apetites musicais. De Toronto ao Vale da Amoreira, de Chicago a Telheiras, de Kingston ao Intendente, de São Paulo a Morabeza, a fome de êxtase é insaciável.
Por isso, cada noite é única. Pedir-lhe que repita é travá-lo num crescimento imparável que a energia natural alimenta e estimula. Ouvi-lo é dançar até de manhã, observá-lo é ficar acordado sem necessidade aditivos e correr para a praia ao som de Tim Maia. Todo ele é frenesim e diabo no corpo em paz no santo. Há poucos assim.